Energia solar é opção para recarregar baterias de carros elétricos e novas energias na indústria. O novo futuro já chegou.

Mobilidade Estadao • 20 de junho de 2021

Uma das soluções para o fornecimento de energia destinada à recarga da bateria dos veículos elétricos vem do céu. O “combustível” gerado a partir da radiação do Sol se apresenta como eficiente alternativa na hora de reabastecer os carros com esse tipo de propulsão e sem depender da rede elétrica.


Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia solar representa, atualmente, a segunda maior fonte do País, correspondendo a 23% da capacidade instalada da matriz elétrica.

Os 60 gigawatts (GW) operacionais estão divididos em duas áreas: a geração distribuída (promovida pelos próprios consumidores, quando instalam, por exemplo, placas fotovoltaicas nos telhados de suas casas) e a centralizada (vinda das usinas, conectadas ao sistema interligado nacional).


“Essas unidades entram em ação a partir da integração de módulos fotovoltaicos, sistemas de armazenamento (baterias) e carregadores elétricos”, explica Rodrigo Bourscheidt, CEO da Energy+, empresa de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções para a geração distribuída. “A estrutura capta, armazena e disponibiliza energia diretamente do sol para os automóveis.”

Rodrigo Bourscheidt

O funcionamento dos painéis solares tem um processo relativamente simples, mas altamente tecnológico. Primeiramente, eles são instalados nas coberturas das estações para absorver a radiação solar e a transformam a energia elétrica em corrente contínua.

“A energia é enviada para um inversor, que converte a corrente contínua em alternada, apropriada para uso em equipamentos e carregadores. Parte dessa energia pode ser armazenada em baterias, garantindo o abastecimento mesmo em horários com baixa intensidade de luz solar”, afirma.


Os custos ainda assustam um pouco, porém, Bourscheidt garante que o retorno é garantido. “Em uma residência pequena, o custo da instalação de placas solares é de, em média, R$ 8 mil. Uma de médio porte pagará R$ 12 mil e uma grande, R$ 24 mil. O retorno do investimento acontece em aproximadamente três anos”, diz.

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a recarga com a tecnologia impulsionada pelo Sol é 74% menor em relação ao valor do reabastecimento de um carro com motor a combustão.

A própria Energy + está sentindo no bolso os efeitos da energia solar. Bourscheidt diz que as empilhadeiras elétricas usadas em seus centros de distribuição, sempre recarregadas pelo sistema de placas fotovoltaicas, têm custo operacional 97% menor sobre uma máquina similar movida a gás liquefeito de petróleo (GLP).

O executivo identifica um movimento crescente de shoppings centers, edifícios corporativos e postos de combustível na implementação de um modelo híbrido de estação de energia solar e carregamento elétrico.

Para ele, a infraestrutura compartilhada e a geração distribuída são caminhos viáveis para escalar o negócio. “O crescimento da frota eletrificada no Brasil vai demandar pontos de recarga inteligentes e verdes. E a energia solar é uma das soluções mais sustentáveis para esse desafio”, acredita.


Evolução das placas fotovoltaicas


Numa comparação, um balanço do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, aponta que a plantação de cana-de-açúcar em um hectare agrícola (10 mil metros quadrados) rende sete mil litros de etanol por ano – volume suficiente para um carro flex rodar cerca de 63 mil quilômetros.

A mesma superfície com painéis solares pode entregar 23 vezes mais energia (967,6 MWh), “combustível” que permite um automóvel elétrico percorrer 5,4 milhões de quilômetros.

De acordo com a CGEE, a eficiência das placas fotovoltaicas varia de acordo com a tecnologia empregada e o local de instalação, se há maior ou menor incidência do Sol. A Aneel também já descreveu a qualidade da luz solar no Brasil. “O ‘pior’ sol do País, que está no Paraná e apresenta irradiação de 1.500 KWh/m² ao ano, é superior ao melhor sol da Alemanha – pioneiro em geração de energia solar no mundo.”

Nos últimos seis anos, as placas solares evoluíram bastante, com o aprimoramento na construção das células e a potência aumentada de 270 para até 700 watts. “A garantia, geralmente, é de 25 anos, quando o painel estará operando com 92% de sua capacidade”, destaca.

No entender de Clemente Gauer, diretor da ABVE, as estações solares são importantes para descentralizar a geração de energia, trazendo benefícios aos consumidores e empresários, que investem na instalação de placas fotovoltaicas. “É um efeito cascata. O frete fica mais barato, o preço dos alimentos diminui, o usuário economiza e a economia se fortalece”, raciocina.


4 minutos, 26 segundos de leitura  26/08/2025Por: Mário Sérgio Venditti

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